O exército de Um homem só.

Quero andar só.
Não siga as pegadas que eu deixei.
Meu passos tem um risco de estarem errados.
Pertenço a um país que não me pertence.
Sou feliz por não ser "feliz".
Não tem plataforma que eu defenda.
Não tenho bandeira para defender.
Sou um kamikaze que não é capaz de ir a luta.
Vejo além da visão.
Queria enxergar só o que me convém.
Cansei de vestir esta pele de humano.
Não sei se acredito na razão.
Não sei se tenho sentimentos.
Quero correr na margem.
Quero correr na contra-mão.
Quero voar.
Quero viajar.
Quero ir atrás de horizontes que nunca encontrarei.
Quero ficar livre desta história.
Quero sair desta vida de 50%.
A minha trajetória não precisa de explicação.
E por mais que eu procure, não possui nenhuma.
Não quero ter sonhos que não me pertencem.
Não sou do ceará, sou apenas fortalezence.
Já pensei que a falta de rumo fosse um sério problema.
Já pensei em morrer para ver se há um "depois".
Já pensei que o erro fosse uma falha.
Já pensei que as barreiras fossem obstáculos da vida.
Já durmi pensando em dizer algo, e acordei querendo dormir.
Já pensei que pensava.
Já consegui ter um sonho de sonhador.
Penso que sou louco.
Pensam que sou louco.
Apenas acho que não importa o que o bom senso diz.
Apenas faço tudo ao contrário.
Eu falo em outra língua.
Possuo uma língua afiada que não cega.
Moro em outro país.
É preciso, acredite.
Eu preciso.
É necessário.
Se acha que estou triste.
Me abrace.
Se me acha apenas um louco.
Se afaste.
As pessoas mais próximas de mim não me conhecem.
Se você nunca esperar nada.
Eu serei sempre uma surpresa.
Tento sair ileso.
Deste difícil exercício de tentar viver em paz.
Mas o meu próprio silêncio é uma agressão.
Sorrio para o espelho.
Perco um trauma e ganho outro.
Eu sei que o idiota sou eu.
Minhas últimas palvras.
De uma lucidez completa.
Quando eu morrer.
Espero que vocês não me matem.



Vitor Lee

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